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Publicado em . | Atualizado em 1 de abril de 2022.
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é comemorado em 2 de abril e é uma excelente oportunidade para se conhecer mais a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou autismo, como é conhecido popularmente. O TEA é bastante complexo e os indivíduos não apresentam um quadro-padrão de desenvolvimento, sendo possível observar diferentes manifestações.
A data de conscientização do autismo, foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2007. Escolhida com o objetivo de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O autismo é uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal; entretanto, terapias adequadas a cada caso podem auxiliar essas pessoas a melhorar sua relação com o mundo, além de inclusão e incentivo de todos da sociedade.
Indivíduos com TEA podem e devem conquistar seu lugar na sociedade porque eles também têm aptidões e talentos específicos em determinadas áreas do conhecimento. Embora o desafio seja constante, o mercado de trabalho também precisa desses indivíduos. Reconhecer isso, abrir espaços para diálogos e ações efetivas de inclusão e conscientização, são os melhores caminhos a seguir.
Se você quer aprender mais sobre o tema, continue a leitura!
O que você vai encontrar neste artigo:
- Vivendo e convivendo com TEA
- Mercado de trabalho para pessoas com autismo
- Inclusão
Vivendo e convivendo com TEA
De maneira geral, as pessoas com TEA apresentam dificuldade de interação social e interesses restritos ou repetitivos. Vale salientar que algumas pessoas podem ter o TEA e desenvolver-se de maneira totalmente independente; outras, no entanto, podem necessitar de atenção para a realização de atividades por toda a sua vida. Apesar de não haver cura, terapias são fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo e sua maior independência.
Além disso, outro fator que devemos salientar é a desinformação e o preconceito que a comunidade de autistas sofre, sem dúvidas, esse cenário nada inclusivo e acolhedor, é um dos motivos que dificulta mais ainda a inserção e interação de uma pessoa com TEA.
Quanto a isso, a educação, a informação e o acolhimento, são caminhos necessários e urgentes, que devemos todos nos comprometer a seguir.
O respeito é fundamental para aprendermos a incluir e valorizar as pessoas, da forma como elas são.
Mercado de trabalho para pessoas com autismo
A inclusão é um tema em ascensão no ambiente corporativo, e naturalmente o assunto também se estende para a discussão sobre neurodiversidade. Há alguns anos, falar sobre autismo no mercado de trabalho ainda poderia ser encarado como um tabu. Já que a falta de informação e também o preconceito poderia levar os empregadores a acreditar que um autista não tem a mesma capacidade de realizar tarefas. Ou então, que seria impossível para eles criar relacionamentos favoráveis às atividades das empresas.
Mas, assim como a tecnologia evoluiu, as formas de organização nas corporações fez surgir novas possibilidades. Hoje, um autista ter uma carreira já é uma realidade e muitas empresas vem se conscientizando, para então incentivar e absorver o melhor que esses profissionais podem oferecer.
A inclusão de um autista no mercado de trabalho é garantida pela mesma lei que determina a participação mínima para portadores de qualquer deficiência. Foi a Lei 12.764, de 2012 — também conhecida como Lei Berenice Piana — que abriu as portas para o reconhecimento do Autismo no rol das demais deficiências. Desde então, o autismo tem sido muito mais discutido e diagnosticado no país.
Segundo o site Autismo em Dia, apesar de uma previsão otimista para os próximos anos, dados do IBGE dão conta de que 85% dos autistas brasileiros estão fora do mercado de trabalho. É possível que a principal motivação para um número tão baixo aconteça por causa da ideia de imprevisibilidade dessas pessoas. O empregador, muitas vezes, não sabe o que esperar em termos de resultados e comportamentos.
Entretanto, se faltam oportunidades, certamente sobra potencial. Para Liliane Rocha, autora do livro Como ser um líder inclusivo, explicando a lacuna da participação dos autistas nas empresas é a visão de um ser “exótico”, que não se encaixa em padrões vigentes. Segundo ela, que também é consultora de sustentabilidade e diversidade, a inclusão de profissionais com autismo no mercado de trabalho consegue gerar tanto resultado quanto o que se espera dos demais colaboradores.
O desafio para os próximos anos são a construção de uma sociedade que saiba equilibrar o suporte social às pessoas com autismo, oferecendo oportunidades que melhorem a expectativa de vida dessas pessoas. A longo prazo, é preciso que a estrutura seja plenamente estabelecida desde o ensino básico, até chegar, de fato, ao mercado de trabalho e, após isso, em sistemas que permitam uma aposentadoria com qualidade.
É completamente desafiador, mas também possível.
O que você achou do artigo? Lembre-se, a educação sempre será ferramenta de transformação positiva no mundo. Aproveita e compartilha esse artigo com mais pessoas, para que a inclusão seja algo a ser discutido, instituído e difundido em nossa cultura!
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