
Redação Estudo em Dia
Equipe apaixonada por educação, produzindo conteúdos focados em alunos que buscam uma melhor rotina de estudos e preparação para o vestibular!Publicado em . | Atualizado em 9 de março de 2022.
Dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher, data comemorativa que praticamente todos conhecem, mas você já parou para pensar o porquê essa data é celebrada especificamente no dia 8 de março? Caso ainda não tenha aprendido sobre isso, fique tranquilo. Preparamos este artigo para falarmos sobre essa data tão relevante para a nossa sociedade.
Continue a leitura e descubra as informações mais importantes sobre o Dia Internacional da Mulher.
O que você vai encontrar neste artigo:
- Como surgiu a data do Dia Internacional da Mulher?
- Igualdade de gênero
- Sugestões de livros feministas
Como surgiu a data do Dia Internacional da Mulher?
O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.
Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.
Com a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra — em um protesto conhecido como “Pão e Paz” — que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.
Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o “8 de março” foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.
“O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países”, explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas (Unicamp).
No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século XX, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970 imergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.
Igualdade de gênero
Igualdade de gênero
Ainda que tenhamos uma data a ser celebrada, direitos e conquistas, ainda há um caminho muito longo e árduo a percorrer, para alcançarmos a igualdade de gênero.
Segundo Eva Blay. “O dia Internacional da Mulher tem uma importância histórica porque levantou um problema que não foi resolvido até hoje. A desigualdade de gênero permanece até hoje. As condições de trabalho ainda são piores para as mulheres”;
Diversos estudos comprovam que ainda hoje as mulheres sofrem com a desigualdade no mercado de trabalho em relação aos homens. A presença das mulheres no mercado de trabalho ainda é menor que a dos homens, uma vez que dados apontam uma realidade bem desigual, no mundo, apenas 48% das mulheres maiores de 15 anos estão empregadas – para os homens, esse número é de 78%.
O 8 de março é um dia para reflexão a respeito de toda a desigualdade e a violência que as mulheres sofrem no Brasil e no mundo. É um momento para combater o silenciamento que existe e que normaliza a desigualdade e as violências sofridas pelas mulheres, além de ser tempo para repensar atitudes e tentar construir uma sociedade sem desigualdade e preconceito de gênero.
Sugestões de livros feministas
As lutas se fortalecem por meio do conhecimento, por isso, separamos umas sugestões de livros para você começar a entender melhor sobre a luta feminista.
- Chimamanda Ngozi Adichie, Para Educar Crianças Feministas e Sejamos Todos Feministas.
- Marcia Tiburi, Feminismo Em Comum.
- Organização Nana Queiroz e Helena Bertho (23 textos de autoras diferentes), Você Já é Feminista!
- Bell Hooks, O Feminismo é Para Todo Mundo.
Compartilhe esse texto com quem também precisa aprender sobre feminismo.
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